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Mostrando postagens de fevereiro 6, 2011

O menestrel - William Shakespeare

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Confissões de uma Vela

No dia dos Finados um senhor idoso colocou-me à beira de uma sepultura humilde. Que lembranças ele alimentava de sua querida  mãe naqueles momentos! Servi durante poucos momentos aquela tardinha, minha pequena luz unindo-se à claridade de mil outras velas que brilhavam como estrelas vespertinas. Fiz o que pude, clareando a beira do sepulcro, e depois os meus restos ficaram esquecidos: um bloco de cera como sinal de um gesto de carinho. Nesse sentido satisfiz o meu dono, mas não pude iluminar o caminho da eternidade. Não consegui afastar as trevas da eterna condenação em que ele cuidava se achasse sua mãe querida. Lembro-me de minha irmã, uma despretensiosa vela que ficara na mão de um moribundo, por uns momentos, numa noite de chuva. Os parentes, rodeando a sua cama, naquele casebre humilde, viam com ânsia a pequenina chama que cintilava nas faces do infeliz enfermo. Que tristemente sentiram quando ele exprimiu os últimos soluços em uma confissão “É tão escuro...é tão escuro!” E l...